História Viva: O Surgimento da Copa Libertadores da América
Na década de 1930, os acirrados confrontos entre os campeões da Argentina e do Uruguai na Copa Río de La Plata plantaram a semente de uma competição continental. O desejo de determinar qual país sul-americano abrigava o melhor clube fomentou a ideia que, em 1948, se materializou no Campeonato Sul-Americano de Campeões, precursor direto da Copa Libertadores.
Organizado pelo clube chileno Colo-Colo, o torneio, realizado em Santiago, Chile, reuniu os vencedores das principais ligas nacionais. O Vasco da Gama, representando o Brasil, sagrou-se campeão, dando um impulso crucial ao modelo "torneio dos campeões". Esse modelo foi posteriormente adotado na criação da Copa dos Campeões da Europa em 1955.
A visão de uma competição continental sólida ganhou força em setembro de 1958, quando José Ramos de Freitas, presidente da CONMEBOL na época, visitou a Argentina para discutir a criação de um campeonato sul-americano de clubes campeões. Em 8 de outubro de 1958, durante uma reunião da UEFA, João Havelange anunciou oficialmente a criação da Copa dos Campeões da América, equivalente sul-americano à Copa dos Campeões da Europa. O objetivo era claro: permitir que os campeões europeus e sul-americanos decidissem "o melhor time do mundo" na Copa Intercontinental.
O passo definitivo foi dado em 5 de março de 1959, durante o 30º Congresso Ordinário da CONMEBOL em Buenos Aires, sede da 26ª Copa América. Naquela ocasião, foi ratificada a criação da Copa dos Campeões da América, concebida para reunir todos os campeões nacionais sul-americanos em uma emocionante disputa pelo título continental. Em 1965, em uma homenagem aos heróis das independências sul-americanas, como Simón Bolívar, José de San Martín, Pedro I, Bernardo O'Higgins e José Gervasio Artigas, o torneio foi rebatizado como Copa Libertadores da América. Desde então, essa competição épica tornou-se um ícone no cenário do futebol internacional.
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